Anyone But You - Regresso do sucesso Romcom

As comédias românticas (romcom) foram sempre uma constante no cinema, marcando gerações. No entanto, nos últimos anos parecem ter vindo a sofrer uma decadência na procura e na qualidade, levando a que fossem cada vez menos lançadas e sem cativar o interesse que tinham noutros tempos.

Felizmente, Anyone But You conseguiu dar a volta e através de um elenco de interesse, uma história repetida vezes sem conta e uma música cativante, conseguiu dar a volta ao paradigma e mostrar que o sucesso romcom ainda se mantém vivo.

Desde cedo que a Sony Pictures começou a campanha publicitária ao filme, muito através dos dois atores principais, Glen Powell e Sydney Sweeney (também produtora executiva). Além de dois atores de renome, com representações noutras grandes produções, aproveitaram algo que também já era bastante recorrente nos filmes deste género: o corpo destes.

Anyone But You conta a história de Bea e Ben, que depois de um primeiro date perfeito, se separam e não conseguem mais ver-se, até que o são obrigados a fazer para que o casamento da irmã e da amiga corra bem.

É a típica história das comédias românticas - dois jovens que não se suportam mas que têm toda a química para terminar juntos têm de conviver e passar por diferentes fases para chegar ao final feliz - o que nos cria a ideia de que vamos ver mais um filme igual a tantos outros, e a verdade é que não foge muito a isso.

No entanto, se essa base está já gasta há anos, não podemos esquecer que sempre teve sucesso e que quando vamos ver um romcom já vamos com as expectativas de que não é um filme para premiações, mas sim para o entretenimento. E o que é que é o cinema se não uma forma de entretenimento?

A equipa Glen Powell e Sydney Sweeney funciona de maneira perfeita e contribuiu bastante para o sucesso que o filme fez, mas a cereja no topo do bolo para todo o marketing que levou os espectadores ao filme foi a música principal do filme. Não deve ter havido ninguém que saiu da sala sem o Unwritten da Natasha Bedingfield.

O filme está longe de ser perfeito, mas a forma como o humor, a atração entre as duas personagens e toda a situação constrangedora é utilizada, faz com que apreciemos todos os minutos da longa metragem. 

Não é preciso muito para fazer uma romcom, apenas saber cumprir as regras e acrescentar um ou outro elemento que torne o filme diferente. Não é fácil, é saber perceber o que o filme e o espetador pede, algo complicado e que é muito fácil falhar neste género de filme.

⭐⭐⭐